sábado, 3 de novembro de 2007

23

Mais fácil seria o abandono de mim
Seguindo a corrente da vida sem a viver
Resignando-me aos abismos inertes
Onde tudo é gélido e medíocre

Injecto no peito anestesiado
O meu próprio veneno regenerador
Pulsa mais forte o coração
Enche-se o corpo de sangue revitalizado
Respiro ofegante, movo-me frenético

E sinto com cada centímetro de mim
As imagens, os sons, os cheiros e a pele que toca
Engulo a vida que por momentos deixei passar
Que agora transborda e verte dos poros dilatados.

2 comentários:

Filipe Gouveia de Freitas disse...

Não há venenos regeneradores. Há motivos que nos fazem querer viver intensamente!

Taiyo85 disse...

Ok, está fantastico o teu poema... ABsolutamente fantastico...