quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ilhéus XIV - Cormac



Três vezes buscou Cormac no mar um ermo;
E três vezes embarcou Cormac em vão.

Quantos homens buscam na lonjura
O que dentro de si logo encontrariam!

No olho da tempestade


Passamos através da tormenta,
Os nossos corpos exsudando
Os licores da dor e do prazer,
Tão firmes de enlevos volúveis.

E eis que quando se faz chão
o mar na calmaria, vacilamos
periclitantes, sob o céu morno
do olho da tempestade.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ilhéus XIII - Quadro outonal

Onírica se desenha a montanha ígnea, sob o filtro da luz outonal como véu sobrenatural separando os homens dos deuses, que parecem ocultar-se além do veio platinado do mar; e a sua plácida divindade contém a custo nas entranhas a sua violência demiurga.