domingo, 30 de março de 2008

The loch



I let my soul drop on the loch that day. Black like the blackness of his waters, wrapped in mistery like his blind depths. Oh how i long for my life on the shores of the Loch Ness!

sexta-feira, 28 de março de 2008

The Three Sisters



Mist veils their lofty heads,
hiding the sorrow in snow.
Gearr Aonach, Stob Coire nan Lochan
agus Aonach Dubh.
The gods weep down
the three sisters of Glencoe.


quinta-feira, 13 de março de 2008

Ondas

O Tempo avança pastoso em lava, entre os dias em que me chegas raro, desfeito em ondas que se demoram.

quinta-feira, 6 de março de 2008

segunda-feira, 3 de março de 2008

A descoberta

Traziam o mar vivo da ilha na pele, como se este ainda os reclamasse, já saudoso de os envolver. Os pés já amarelados pelo tufo vulcânico das rampas de que se atiravam ao mar inchados de liberdade, onde depois descansavam de tamanha alegria ingénua de se sentirem plenos, estendidos sob um Sol cúmplice de nuvens imprevisíveis. Traziam o mar vivo da ilha na pele, quando arremeteram pelo trilho de erva pisada. Ele seguia à frente, sentindo sem o saber o habitual chamamento das ilhas para que lhes descobrisse os caminhos e recantos que passava a acreditar serem seus e de mais ninguém, segredos partilhados somente com a terra que também era sua e a que pertencia sem se debater. Avançavam com passos molhados e descalços, sujos de vegetação e de lama salgada, o corpo vibrando da excitação do desconhecido. Breves canaviais envolviam-nos inesperados, escondendo por instantes o céu e o mar, como que para aumentar a doce expectativa que fora crescendo ao longo da caminhada. Agora estendia-se-lhes defronte uma encosta suave coberta de vegetação rasa, acostumada a resistir à fúria dos elementos, tão particular nas ilhas. Foi quando atingiram o cimo que viram. A rocha ressurgia nua, amarelada, apontando ao mar como a proa de um barco. Ele foi o primeiro a avançar. Abeirando-se da ponta, olhou com vertigem para o mar azul forte onde Nossa Senhora da Guia, divindade marinha transfigurada pelo Homem, mergulhava com firmeza o seu manto telúrico. E eis que olhando o horizonte, percebeu! Ao largo passavam as baleias, lentamente, rolando os dorsos negros à superfície em saudação ao céu e à terra, ferindo o mar de espuma branca. Levavam consigo o canto melancólico das ilhas e do mar, o chamamento que ecoara indefinido bem no fundo do rapaz. E saciado de plenitude, chegavam-lhe na brisa amena de Verão murmúrios de confirmação, És nosso e somos teus!