sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Insónia

Minha pele derramou
o Sono no negrume
de uma noite inerte
que logo o devorou.

E eu abandonado ao queixume
do dia que nada reverte.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ilhéus VIII - O tanque

Um poema
Regou-me a memória.

Ah, saudoso fantasma!
O portão de madeira dá para o carreiro de bagacina;
Passo a ameixoeira e a loja da velha casa,
Mas é ante a abertura do tanque que esta visão pasma,
E eu, nela empoleirado, à água escura jogo a minha mão pequenina.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Sem título

Meu porto de abrigo, meu farol,
Perdoa-me as vezes que renunciei à tua luz,
Queimado da dor exigente que é a do amor.
Mas fica sabendo que agora rojo a cruz
De ter desejado noutro céu tão falso arrebol.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Fragmentum X

L'esprit, la source de ces humains trésors;
Noire l'encre pour les faire prendre essor.