sexta-feira, 26 de junho de 2009

Estilhaços de um dia

Manhã de Séneca, tradução insatisfatória, espondeus e créticos ciceronianos, hexâmetros renascentistas. Telefonema de uma mãe que chora e a onerosa obrigação do sangue. Um homem morto, coberto por rendilhados brancos, ouvindo conversas temperadas de lágrimas, palavras fracassadas de consolação, e o cheiro ao mofo sagrado. O meu dever, dizem-me. Desencontros e beijos de partida desejando ficar. No rio inundado pela noite, derramo o dia. O meu dever, dizem-me. Mas não mo dizem. Sou eu, sempre eu. Adormecer, por fim.

1 comentário:

Iúri disse...

Mos Maiorum.