quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Um concerto
Hoje, sem as ver, senti as paisagens da Islândia traduzidas em música. O branco e os sons da neve, lagos e montanhas e planícies desoladas paradas no tempo, imóveis: vi-os nos acordes lentos e repetitivos, na voz etérea que se eleva como o som de um vento solitário percorrendo imensidões. Mas também a fúria vulcânica, pulsando sob a calma aparente, rompendo a terra sem aviso, recriando-a: vi-a na música que cresce pacientemente, até que explode em vibrações de uma densidade e intensidade tais que desfazem o último laço que ainda nos ligava ao chão que pisávamos, para nos levar para norte, bem para norte. E agora vou dormir. Talvez sonhe com a aurora boreal.
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6 comentários:
Bons sonhos ;)
=D Deve ter sido um sonho mesmo!
A proxima vez que ouvir tenho de estar com mais "atenção" para ver se tb consigo sentir toda essa paisagem...
Tens um desafio no meu blog!
Também lá estive, descreveste muito bem a sensação!
Um abraço
Pois é...em 2005 tive oportunidade de os ver ao vivo e foi com pena que não os vi em 2008. Pelo o que li sei que a "orquestra" que os acompanhou ficou de fora, e pressuponho que foi um concerto mais intimo...eu já sonhei com a aurora boreal, e sempre que os ouço sou levado para campos despovoados, onde o toque mágico é sempre accionado!
*Hugs n' smiles*
Carlos
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