terça-feira, 12 de agosto de 2008

Limpando a alma à noite na praia

Aqui o tempo pára e com ele a dor. Enterrado na areia negra, na noite húmida e pesada. Defronte o canal e as luzes abrigadas pelo vulto sombrio do vulcão, adivinhado na bruma.

Quando tudo parece morto e vazio, vem o mar lamber-nos o corpo; e os medos e a dúvida desvanecem-se na profusão das pequenas luzes de vida que nascem do choque entre o mar das ilhas e a nossa pele cansada. E é então que me encontro, que sei quem sou, e só eu importo. Eu, as ilhas e o Atlântico.