domingo, 23 de dezembro de 2007

Noite de Inverno na ilha

Deitado. Está frio. Mas o vento sopra morno. O vento povoa a noite da ilha de criaturas fantásticas. Delas apenas os sons, as sombras. Umas colidem contra as janelas, outras apressam-se por entre folhas e ramos. Há ainda as que assobiam gravemente. Ou serão todos sinais das mesmas? Enterro-me mais fundo nos lençóis que tresandam à humidade que pesa no ar. O sono vence o medo inconsciente. Os seres ruidosos transportados nas rajadas são agora uma canção de embalar.

1 comentário:

Filipe Gouveia de Freitas disse...

Até os fantasmas levam alguma beleza consigo. Gostei.