sábado, 5 de janeiro de 2008

Naquelas manhãs

Naquelas manhãs há plenitude no despertar. O sol nasce azul por entre pálpebras, brilhando só para mim; o ar é quente e seguro, ali onde a pele branca é macia.
Naquelas manhãs há o futuro capturado no presente; e o passado cai no esquecimento.
Naquelas manhãs o mundo não renasce no meio da solidão. Há dois corpos que repousam um no outro, que se reconhecem, que se assumem, que se aceitam: amam-se.
Se há momentos de pura felicidade, então é naquelas manhãs que os encontro.

2 comentários:

Filipe Gouveia de Freitas disse...

É belo o que dizes, é verdadeiramente belo!

GotchyaYinYang disse...

Delicioso mesmo :)

Sei bem do que falas... e "naquelas manhãs" é das melhores sensações existentes.