Naquelas manhãs há plenitude no despertar. O sol nasce azul por entre pálpebras, brilhando só para mim; o ar é quente e seguro, ali onde a pele branca é macia.
Naquelas manhãs há o futuro capturado no presente; e o passado cai no esquecimento.
Naquelas manhãs o mundo não renasce no meio da solidão. Há dois corpos que repousam um no outro, que se reconhecem, que se assumem, que se aceitam: amam-se.
Se há momentos de pura felicidade, então é naquelas manhãs que os encontro.
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2 comentários:
É belo o que dizes, é verdadeiramente belo!
Delicioso mesmo :)
Sei bem do que falas... e "naquelas manhãs" é das melhores sensações existentes.
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