quarta-feira, 6 de junho de 2007

L'amour naissant

Eu. Ígneo e telúrico, percorrido por lavas fundentes, por entre colossos negros de arestas irregulares e cortantes; erupções imprevisíveis. Basalto. Na transparência cristalina de lagunas gémeas, procuro as águas onde arrefecer as correntes incandescentes. Litoral redefinido, suavemente acariciado pelas vagas de um olhar.

E um espaço que separa, mas sem vazio. Espaço de fluído denso, de doce magnetismo. Preenchido por desejos e beijos imaterializados. Olhares, iões de paixão que fulminam, que aceleram o coração. Promessas de "Um dia...", de "quando", de "nunca" e de "sempre". Não são promessas. São o que sinto.

Por agora, encontros secretos, literatura espanhola, escadas ao sol, patos, momentos contados, palavras lidas, gestos reprimidos, lábios dormentes, mãos que se apertam num prenúncio de liberdades vindouras. Impaciência. Mas que importa, pois se te... e tanto por descobrir.

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