sábado, 27 de dezembro de 2008

Ilhéus II

São quatro muros lívidos de mármore
Encarcerando a alma sob um céu vazio.

São na cidade os contornos de betão defuntos,
Nas ruas que o Belo há muito desertou.

São os espinhos da coroa de um amor insatisfeito
Que nada redimem e tudo corrompem.

É a bruma que esconde todos os horizontes.

É o que nos mata antes da Morte.

É a solidão.

1 comentário:

No Limite do Oceano disse...

Solidão e morte, duas palavras carregadas por sinónimos não muito desejados.

O horizonte quando está escondido, há que o fazer ver.
Não será a bruma a conseguir afasta-lo dos teus olhos!

*Hugs n' smiles*
Carlos