A mão percorre o corpo. Vigorosa, intensamente. Quase como se pretendesse penetrar a pele. Pressiona, reconhece. Hesita ao aflorar uma imperfeição. Estuda-a. E depois ama-a. Apenas mais uma cor para o quadro final, perfeito de imperfeições. A mão transpira paixão. Serena. Na pele todos os poros se dilatam. Ânsia de receber. Transfusão mútua. No prazer da descoberta dois lábios procuram-se, completam a comunhão.
Onde em nós aquilo que aceita apenas um outro "eu" entre tantos possíveis, rejeitando com náusea todos os restantes? O que o justifica?
E assim sinto-o crescer em mim. Evolução. Não falta muito para extravasar. E, nesse momento, transfigurar-se-á em palavras que te direi. Mas não ainda. Um dia.
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