domingo, 21 de maio de 2006

Violenta saudade súbita...

Correm-me lágrimas de saudade, imagens que me incendeiam a memória. Poder estender-me de novo na laje negra aquecida pelo sol, violentamente amada pelo mar. Mergulhar o olhar na beleza fulminante das caldeiras, na suavidade das fajãs, na imponência do vulcão. Deter-me indeciso na fronteira entre três mundos, transpô-la livremente, chave da porta que revela a minha essência.
Quando cai a noite, sob o céu estrelado ou nublado, a melodia caótica dos grilos e das cagarras, bizarra canção de embalar.
Paisagens cristalizadas no tempo, guardiãs de pedaços de vida que deixei para trás.

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