Às vezes que por aqui passei perdi-lhes a conta. Mas nunca nada é igual. Os nossos olhos nunca miram as mesmas imagens, por muito que esperemos o contrário. Privilegiados aqueles que disto se apercebem, ou que pelos menos param para pensar nesta subtileza. Há quanto tempo teria deixado de te amar ó rio, se daqui do alto não me maravilhasses de cada vez que te contemplo? Maravilha por seres sempre diferente, dotado dessa esplendorosa beleza que só os deuses possuem e que os homens ousaram conspurcar. Mas és mais forte do que eles. E tu cidade, casaste-te com o rio para lhes fazer frente, tu que deles vieste.
Iludem-se os homens ao pensarem que engendram beleza, imponentes no seu pedestal irrisório. Não entendem que é Ela e só Ela, a responsável por tamanhos fascínios. Nas suas mãos não passamos de instrumentos, de veículos pelos quais Ela se manifesta, em apenas mais uma das suas múltiplas facetas.
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