Foram dias deslocados do tempo. Nas ilhas o tempo escorre por outros sulcos, abre-se por vezes num mar, fluindo ao sabor de uma maré indiferente. Foram dias de uma felicidade que não encontrou palavras, dispensou-as, aliás. Talvez seja isso; talvez as palavras só existam na infelicidade, na apatia, na necessidade de nos agarrarmos a um felicidade insatisfeita. Agora que o tempo voltou a perseguir-me nas ruas de Lisboa, emergem como uma visão, um indefinido sonho ledo, aqueles dias.
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2 comentários:
Há palavras para tudo. As melhores são as ditas no silêncio. Não em silêncio, mas no silêncio.
E o tempo nas ilhas corre, mas certamente corre d'outra maneira.
Em Lisboa pergunto-me "Que sabe esta gente da gente do mar?"
:) e sabem tão bem... são memórias que nunca se esquecem.
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