Em areais de finisterra - sol de Agosto ardente -
lá onde o Tejo espraia sua foz urbana,
e a ampla arriba encara o astro cadente,
inclino-me sobre a verde onda, banhando a turba humana;
Em terras do Austro, terra ruiva e olente,
manancial da porção do meu sangue arcana,
lá onde o Arade lodoso se lança indolente,
na verde onda despejo minh'alma que da saudade emana.
À verde onda imploro que célere a conduza
ao oceano azul, onde na bruma mora a musa
das ilhas encobertas que forjaram o meu Ser.
Nas veias mortificadas já se vai secando a lava,
e fenece a urze que na pele as suas raízes crava,
até que de novo à terra negra minh'alma vá beber.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
E falas tu do meu! Está Fantástico este! =)
Vens hoje ao jantar da Marisa?
Bora fazer geocaching! lol
Mesmo muito bonito!
Wow!
Enviar um comentário