Porque não sou Proust, porque não sei as palavras. Queria escrever-te, dizer-te mais do que o "amo-te". Mas quando o digo, acredito que nele vês mais do que a simples articulação de sons vocálicos e consonânticos, mais do que uma entrada no dicionário, e mais do que um conceito estereotipado e rígido que absorvemos dos outros ao longo da vida. Até que um dia o sentimos. E é nosso. E mais ninguém o conhece exactamente como eu e tu. E é isso que o meu "amo-te" contém, acompanhado de um olhar que traduz essa originalidade, essa genuidade.
Tudo isto porque queria escrever, e não conseguia. Porque as saudades já começaram, e tal como o amor por ti, não as sei descrever. Nem sei se deva, se o quero fazer.
Porque mesmo lá longe, estarás tão perto. Fecho os olhos e vejo os teus, iluminando-me mais do que o Sol. Inspiro e tenho o teu cheiro bem fundo nas narinas. E a minha pele ainda guarda os traços que a tua tatuou. Momentos fotografados e filmados em mim, que verei sem cessar, para te amar e sentir que me amas sem te ter verdadeiramente ao meu lado.
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