quarta-feira, 30 de maio de 2007

Gravity of love

"O Fortuna uelut Luna" Turn around and smell what you don't see Close your eyes ... it is so clear Here's the mirror, behind there is a screen On both ways you can get in. Don't think twice before you listen to your heart, Follow the trace for a new start. What you need and everything you'll feel Is just a question of the deal. In the eye of storm you'll see a lonely dove The experience of survival is the key To the gravity of love. "O Fortuna velut Luna" The path of excess leads to the tower of Wisdom Try to think about it... That's the chance to live your life and discover What it is, what's the gravity of love "O Fortuna uelut Luna" Look around just people, can you hear their voice Find the one who'll guide you to the limits of your choice. But if you're in the eye of storm Just think of the lonely dove The experience of survival is the key To the gravity of love. "O Fortuna uelut Luna"

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Rien qu'un petit poème insensé

Aimer, lui.
Me donner, malgré
Ce beau passé,
N'est plus que des mots qu'on se dit.

À présent ce n'est plus la peine,
Puisque on n'est plus les mêmes.

Et pourtant j'avais cru que...

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Mea culpa

Plumbeo sub caelo eramus. Verba ibi dixisti, quae audire nolebam. Sed in oculis tuis uera erant. Et cor meum in abyssum descendit.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Wash your nightmares away...if i could

Sleep, don't weep, my sweet love
Your face is all wet and your day was rough
So do what you must do to find yourself
Wear another shoe, paint my shelves
Those times that I was broke, and you stood strong
I think I found a place where I...

Sleep, don't weep, my sweet love
Your face it's all wet 'cause our days were rough
So do what you must do to fill that hole
Wear another shoe to comfort the soul
Those times that I was broke, and you stood strong
I think I found a place where I feel I will...

Sleep, don't weep, my sweet love
My face it's all wet 'cause my day was rough
So do what you must do to find yourself
Wear another shoe, paint my shelves
Those times that I was broke, and you stood strong
I hope I find a place where I feel I belong

Sleep, don't weep, my sweet love
My face is all wet 'cause my day was rough

Damien Rice

Hard to please

Small things nourish my ability to love. Ignition of the heart. And when the whole picture is appealing there's always that little something inhibiting the spark. And so the reek lingers in my nostrils, the unpleasant taste of a kiss that never took place.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Suauis cupido

Enquanto debitava um discurso árido que a minha atenção recusava absorver, eu olhava-lhe para o nariz. Pensava como era belo. Pequeno e recto, erguia-se suavemente na planura da face, quase feminino. Por vezes os seus olhos prendiam os meus. Olhos que outrora foram a minha perdição. Ou salvação? De um castanho sólido, invasivo. Talvez por isso um dia pensei que eram verdes. Só vira aquela impenetrabilidade em olhos de um verde cristalino. Mas são castanhos. Depois lembrei-me das mãos. Baixei o olhar enquanto continuava fingindo interesse nas palavras inúteis que insistia em proferir. Ao ver as mãos, percorreu-me uma onda de doce desejo. Robustas, de dedos delicados, revestidas pela mesma pele leitosa que o percorre por inteiro. Perdi-me então na atracção exercida pela alvura literária da tua pele; e quis que te calasses; e anseei por possuí-la com a paixão que agora é carne.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

En passant

Toutes les ébènes ont rendez-vous
Lambeaux de nuit quand nos ombres s'éteignent
Des routes m'emmènent, je ne sais où
J'avais les yeux perçants avant, je voyais tout

Doucement reviennent à pas de loups
Reines endormies, nos déroutes anciennes
Coulent les fontaines jusqu'où s'échouent
Les promesses éteintes et tous nos vœux dissous

C'était des ailes et des rêves en partage
C'était des hivers et jamais le froid
C'était des grands ciels épuisés d'orages
C'était des paix que l'on ne signait pas

Des routes m'emmènent, je ne sais où
J'ai vu des oiseaux, des printemps, des cailloux
En passant

Toutes nos défaites ont faim de nous
Serments résignés sous les maquillages
Lendemains de fête, plus assez saouls
Pour avancer, lâcher les regrets trop lourds


Déjà ces lents, ces tranquilles naufrages

Déjà ces cages qu'on attendait pas

Déjà ces discrets manques de courage

Tout ce qu'on ne sera jamais, déjà

J'ai vu des bateaux, des fleurs, des rois
Des matins si beaux, j'en ai cueilli parfois
En passant

Jean-Jacques Goldman

terça-feira, 1 de maio de 2007

Can it be? / Dúvida

Terás tu razão? E se daqui a dez anos? É que sabes, faz sentido que assim seja. Porque como não voltar, como estar em paz com a minha solidão se isto não é o que acreditei ser. Mas dois anos de felicidade não se passam sem que aquilo exista, forte, unindo-nos para lá da razão. Ardeu. Tem de ter ardido. Queimei-me. Lembro-me bem. Mas a água avançou e eu não me apercebi. A água que ferve enquanto escrevo estas palavras. A chama que luta por não se apagar. Talvez se esteja a apagar. Talvez seja isso. E tudo o que ainda sinto são ondas de calor que me percorrem violentamente quando piso terreno desconhecido. O calor da habituação. De me ter entregue completamente. De só o ter conhecido com ele. E um dia estes resíduos sedimentar-se-ão, formando uma generosa camada em torno do meu coração. Como na madeira de uma árvore um anel de uma estação fértil. Terre promise. Les oiseaux s'en souviennent.