Vem. Que hoje os meus olhos se recusam a partir. Vem. Sei que és anjo sem asas, mas vem dessa tua distância; e com o teu abraço faz malograr as investidas da Solidão. Prende-me com os teus beijos, para que o Tempo não me leve. Sê dono dos meus sentidos, que hoje não tenho forças para lutar.
Sei que não virás...mas deixa, pois a manhã redentora virá em teu lugar.
sábado, 30 de dezembro de 2006
quinta-feira, 28 de dezembro de 2006
Partidas
Uns partem de novo, entre despedidas inocentes de optimismo, como se a próxima vez fosse uma certeza. Outros permanecem lá longe, parados no tempo que é o meu; movem-se nas memórias que a custo sobrevivem em mim, no medo de não os rever. E as saudades iluminam sentimentos que dormem, indomáveis, na escuridão.
sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
Indefinição
A imagem é difusa. As formas movem-se indefinidas; fundem-se, fragmentam-se, contraem-se e dilatam-se. E há o Tempo que as dilui. E a memória que luta contra a corrente. Queria poder fixá-las entre as minhas mãos, sob os meus olhos, e depois manipulá-las como me conviesse. Tudo o que consigo são impressões, fantasmas que me povoam o espírito. É assim que a custo vou caminhando através da bruma.
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