Oprimido pela indiferença da cidade, anseio por um regresso às raízes. Ainda que breve tenha de ser, será o suficiente para despojar a alma de todas as impurezas, encontrar o equílibrio entre o que fui e o que sou e aperceber-me com maior clareza daquilo que serei.
Não necessito de gentes...não...o que eu preciso é da terra. E do mar. A terra nascida da violência dos vulcões e beijada pela ternura da natureza. Um mar que exala a magia da lenda platónica e que me inunda de recordações mais antigas que o homem. Só através deles consigo perceber quem sou. Só eles me dão acesso aos lugares mais recônditos do meu ser. Só neles me sinto um com o mundo. Despojam-me de todos os invólucros que a sociedade me impõe, deixam-me nu mas sempre mais forte.
E onde quer que eu vá, no meu corpo sempre correrá a lava negra que dá vida, e nos meus olhos sempre se ouvirá o canto melancólico das baleias que desde tempos que a memória não alcança embalam as ilhas de bruma.
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