terça-feira, 8 de abril de 2008

O poço

É um poço sem fundo, daqueles que não existem a não ser em nós. Resta-me uma mão que já sangra de estar cravada à beira do abismo. Perco as forças. E a tua mão sem vida, sobre a minha, gelada no frio da ausência. E um dia caio. E será tarde para que me segurem.

2 comentários:

Filipe Gouveia de Freitas disse...

Na verdade a única vontade que tenho é de citar um grande senhor da Blogosfera e dizer "Oh mulher relaxa. Mete os teus saltos agulha e vai para o Chiado" (se não tiveres um vestido da Versace eu empresto)

Mon petit, em nós só existem os poços que nós mesmos escavamos. Mas há sempre uma mão, há sempre alguma coisa. E caso não haja faz como o Régio e não vás por aí.

No Limite do Oceano disse...

Nunca é tarde!!! E mesmo que tenhamos um poço dentro de nós, há sempre um balde que nos ajuda a tirar para fora a água em excesso. Não nos podemos esquecer da corda que leva esse mesmo balde até á superfície...nos dias mais "negros" o melhor a fazer é com que a superfície não seja apenas uma miragem. A realidade é sempre dura mas nunca é tarde demais para contrariá-la.

*Hugs n' smiles*
Carlos